Pix

Logotipo PIX - Meio de pagamento

SIGNIFICADO DE PIX

Pix é a modalidade de pagamento instantâneo desenvolvida e administrada pelo Banco Central do Brasil.

Pagamentos e transferências são realizados em segundos.

Além disso, a plataforma Pix é ininterrupta. Não há restrições de horários e nem de dias (incluindo feriados).

O Pix é considerado um marco no fluxo de recursos entre pessoas e empresas.

SEÇÕES DISPONÍVEIS

VISÃO GERAL

Nessa seção trataremos dos principais aspectos que envolvem o Pix. Aqui você encontrará informações sobre: Como utilizá-lo, tarifas, limites, aspectos de segurança, como solucionar problemas e etc.

DÚVIDAS FREQUENTES

Verificamos as principais dúvidas dos usuários do Pix e fomos atrás das respostas.

Coruja
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VISÃO GERAL

O Pix é mais uma das recentes inovações do sistema bancário brasileiro. Junto com o Open Banking o Pix revolucionou a forma como operamos e contratamos nossas transações bancárias. As principais novidades da plataforma são:

  1. Transferências entre contas de bancos diferentes em segundos.
  2. As compras ficaram mais fáceis. Vendedores e compradores dispõem de uma plataforma instantânea, segura e fácil de usar. Dispensa cartões e possibilita a captura de QR Codes.
  3. Os clientes podem realizar saques em estabelecimentos comerciais.

Contudo, infelizmente, a liberação do Pix foi seguida de uma escalada de fraudes e crimes violentos.

Dada a importância dessa plataforma e de todo o impacto social ocorrido, elaboramos um tutorial desvendando tudo o que você precisa saber sobre o Pix.

Aqui, na seção Visão Geral falaremos sobre os seguintes tópicos:

  • O que é o Pix;
  • A origem da plataforma;
  • Quem pode utilizá-lo;
  • Como funciona;
  • Tarifas e isenções;
  • Aspectos de segurança; e
  • Resolução de problemas.

Seja bem-vindo(a) e boa leitura!

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O QUE É O PIX?

O Pix é a plataforma do Banco Central que possibilita transferências e pagamentos de forma instantânea.

Identidade visual Pix

Identificação visual Pix –  Crédito: Banco Central do Brasil

Até então, transferências instantâneas ocorriam somente entre contas de uma mesma instituição financeira (book transfer). Porém, se você precisasse enviar dinheiro para outro banco, as coisas poderiam complicar. Os únicos meios disponíveis até então eram o TED ou o DOC.

Os problemas já começam com as tarifas. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, chega a cobrar R$ 22 por transação (Bacen, 2021).

Além do custo, a transferência não é imediata, podendo levar até 1 (um) dia útil para ser compensada. Hoje, com o Pix a transferência acontece em segundos e a custo zero para pessoas físicas. Muito mais rápido e sem custo.

Diferente do DOC e da TED o Pix é ininterrupto, ou seja, não tem restrição de horários e nem de dias, funciona também nos fins de semana e feriados.

Outra inovação é a Chave Pix. Você não precisa mais solicitar o número da conta, agência, número de banco e CPF/CNPJ do destinatário. Basta a Chave Pix para efetuar a transação.

E tem mais. A Chave Pix pode ser convertida em QR Code. Basta instalar um leitor no seu celular e apontar para o QR Code. Aí é só digitar o valor, confirmar os dados e autorizar o pagamento. A confirmação é praticamente instantânea. Maquininhas e cartões já não são necessários.

QR Code e o Pix

Pagamento com QR Code –  Crédito: tecmundo.com.br

Qual o significado da palavra Pix?

Ao contrário do que parece, Pix não é uma sigla.

O nome da plataforma é inspirado no termo Pixel, uma referência ao mundo tecnológico. Pixel é o pontinho luminoso que forma imagens nas telas de computadores, televisões e celulares.

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A ORIGEM DO PIX

Instant Payments

O desenvolvimento do Pix no Brasil é resultado de uma tendência mundial: a virtualização do dinheiro.

Com a popularização dos smartphones e do acesso à internet as relações comerciais e de pagamentos se transformaram. Pagamento em dinheiro vivo é algo cada dia mais raro.

O volume de transações bancárias só cresce.

Essa mudança no status quo demandou o aprimoramento dos meios de pagamentos. O novo patamar de transações eletrônicas exigia plataformas mais ágeis, integradas e seguras. Surge então, a nível mundial, o conceito de IP (Instant Payments), plataformas geridas por autoridades monetárias.

A Índia partiu na vanguarda, lançando em 2010 a primeira plataforma de pagamentos instantâneo com robustez e confiabilidade reconhecidas.

Diversos países e regiões desenvolveram suas plataformas nos últimos anos. Os casos de maior sucesso são:

O modelo brasileiro

Até 2001 transferências interbancárias só eram feitas via DOC. Em 2002, a recém criada CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos lançou o SITRAF – Sistema de Transferência de Fundos.

A partir do novo sistema, foi criada a TED possibilitando transferências entre contas de diferentes bancos no mesmo dia.

O primeiro passo à criação do Pix ocorreu em 2018, quando o Bacen emitiu um comunicado oficial estabelecendo as primeiras diretrizes do novo ecossistema de pagamentos instantâneos brasileiro.

Em fevereiro de 2020, o então presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, em entrevista à GloboNews anuncia o nome da nova plataforma.

Alguns meses depois, em 5 de outubro, o Bacen libera o pré-cadastro de Chaves Pix. As operações de testes, restritas à um público menor, ocorreram no período de 3 a 15 de novembro de 2020. Finalmente, em 16 de novembro de 2020 a plataforma foi oficialmente liberada ao público.

A concepção do novo meio de pagamentos visou:

  1. Aumentar a competividade do setor, melhorando a qualidade dos serviços e consequente redução de preços;
  2. Aprimorar a segurança das operações;
  3. Tornar as operações mais ágeis; e
  4. Incluir a população na nova era de pagamentos.

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COMO FUNCIONA O PIX?

A plataforma

Inspirada em modelos internacionais de sucesso, a plataforma brasileira opera em um ambiente tecnológico fora da internet. Dados e ordens trafegam no sistema via mensageria criptografada.

Os clientes não transacionam na plataforma. As operações são intermediadas por instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil. Podem aderir ao sistema: instituições financeiras (Ex: Bancos e Cooperativas de crédito) ou instituições de pagamentos (Ex: Cielo e PagSeguro).

As instituições autorizadas integram seus sistemas transacionais ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central do Brasil.

Todas as instituições registradas no Bacen com mais de 500 (quinhentas) mil contas ativas são obrigadas a disponibilizar o Pix à seus clientes. Já aquelas, com menos de 500 (quinhentas) mil contas, podem aderir ao Pix desde que atendam a IN BCB 49/20.

Confira na seção “Informações Úteis” as instituições que oferecem o Pix.

Recursos necessários

O único requisito indispensável é a conta. Sem uma conta bancária ou de pagamento em instituição autorizada não é possível fazer um Pix.

O mercado oferece diversas formas de se fazer um Pix. Tudo depende do prestador de serviços que você escolheu. As instituições são obrigadas a oferecer o serviço, ao menos de forma presencial, ou seja, em suas dependências mediante a presença do cliente. Cabe a cada instituição oferecer canais de auto atendimento: Caixa eletrônico, telefone, internet banking e aplicativos por exemplo.

Portanto, exceto pela conta, nada mais é indispensável para operar no Pix. Porém, uma das vantagens da plataforma é a disponibilidade e a possibilidade de fazer a transação sozinho(a). Imagine aquele dia de calorão, ter que se dirigir à agência para fazer uma transação. Nada cômodo né? Por isso, o uso pleno do serviço em termos de comodidade e praticidade demanda:

  • Acesso à internet;
  • Dispositivo que se conecte a internet; e
  • Chave Pix.

Com esses recursos, você consegue fazer um Pix na palma da sua mão. Sem deslocamentos e sem a necessidade de contato com o seu prestador de serviço. Assim, você ganha liberdade e tempo, operando onde e quando quiser.

A Chave Pix é uma das grandes novidades da plataforma. Cadastre uma Chave e economize tempo e trabalho. No recebimento de transferências ou pagamentos, basta informá-la ao pagador. Rápido e prático.

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A Chave Pix

A Chave Pix é o identificador da sua conta dentro da plataforma.

Em uma operação convencional (TED ou DOC), os seguintes dados são necessários:

Para simplificar, cadastre uma Chave Pix. Quando alguém solicitar seus dados, a Chave Pix será a única informação necessária. Com uma Chave cadastrada você pode gerar um QR Code dispensando o envio de dados.

São admitidos 4 (quatro) formatos de Chaves Pix:

Chave Pix - Quadro

A solicitação de cadastro deve ser feita à instituição na qual você tem conta. Verifique na sua instituição como solicitar o cadastro.

Todas as solicitações (exceto Chaves Aleatórias) passam por um processo de validação:

  • E-mail: Envio de e-mail de validador de titularidade.
  • Número de celular: Envio de mensagem validadora de titularidade da linha.
  • CPF/CNPJ: Validação dos dados na ficha cadastral da conta.

Cada Chave direciona as operações à uma ÚNICA conta, ou seja, não é possível indicar duas ou mais contas na mesma Chave. O contrário, no entanto, é permitido.

Uma conta pode ter mais de uma Chave. Assim você pode ter Chaves diferentes que direcionam os créditos para a mesma conta.

Por exemplo: Seu e-mail, seu número de celular e seu CPF podem ser Chaves que direcionam para a sua conta.

Permitido não Permitido - Pix

O Regulamento Pix estabelece limites de Chaves por conta:

  • Pessoa Física: 5 (cinco)
  • Pessoa Jurídica: 20 (vinte) 

Reivindicação de Chave

Ao solicitar o cadastro de uma Chave Pix, é possível que ela já esteja em uso.

Por exemplo: Você adquire uma nova linha de celular. Só que o(a) antigo(a) dono(a) cadastrou o número como Chave Pix dele(a). Mesmo cancelando a linha o antigo(a) dono(a) segue usando a Chave.

Como legítimo(a) atual proprietário(a) da linha, você tem o direito de reivindicar o número para ser sua Chave Pix.

É necessário abrir um processo de reivindicação junto a instituição financeira na qual você mantém sua conta. Verifique os canais de atendimento de sua instituição.

Portabilidade

Em caso de mudança de banco ou de instituição de pagamento, você pode solicitar a portabilidade da sua Chave Pix.

A portabilidade deverá ser solicitada na instituição detentora da conta de destino. O prazo máximo para conclusão da portabilidade é de 7 (sete) dias úteis.

Qualquer Chave pode ser portada (e-mail, CPF/CNPJ e número de celular), exceto as Chaves da categoria aleatória.

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O QUE É POSSÍVEL FAZER VIA PIX?

Pagamentos e transferências

Pagando via Pix

Cada instituição é responsável por prover plataformas que possibilitem a realização das transações. O Regulamento Pix estabelece os requisitos mínimos a serem oferecidos aos usuários.

Por padrão, os clientes poderão fazer pagamentos ou transferências das seguintes formas:

  • Pela captura de QR Code;
  • Através de link da Chave Pix enviado pelo recebedor;
  • Input manual da Chave Pix do credor; ou
  • Digitação dos dados habituais requeridos em TEDs e DOCs (CPF/CNPJ, nome do beneficiário, números do banco, agência e conta).

Após informar os dados de destino da remessa, o pagador deve informar o valor da operação (alguns QR Codes inserem automaticamente essa informação).

Opcionalmente o campo “Descrição” pode ser utilizado para inserir dados referentes à transação. Tudo preenchido é só solicitar a conclusão da operação.

Uma tela resumindo os dados do remetente, do destinatário e da transação será apresentada. O remetente confere as informações e confirma a remessa.

Concluída a operação o sistema deverá apresentar uma tela confirmando o processamento da operação.

Confirmação de pagamento/transferência

Crédito: Banco Central do Brasil

Lembrando que o Pix pode ser agendado. Depende apenas da disponibilização dessa função pela instituição provedora do serviço.

Recebendo via Pix

Para receber um Pix você precisará disponibilizar os dados de destino do crédito ao pagador. Isso pode ser feito das seguintes formas:

  • Envio de QR Code gerado na plataforma da sua instituição;
  • Informe da Chave Pix ao pagador.
  • Disponibilização dos dados usuais requeridos em TEDs e DOCs (CPF/CNPJ, nome do beneficiário, números do banco, agência e conta).

Aos optantes do QR Code, cabem duas decisões importantes:

  1. Frequência da geração do código: O recebedor pode gerá-lo uma única vez ou a cada transação de recebimento.
  2. Tipo de QR Code: Podem ser gerados dois tipos: o estático e o dinâmico (tarifado).

As plataformas seguem o padrão de códigos estabelecidos pelo BR Code.

O QR Code estático é recomendado para pessoas físicas que eventualmente recebem transferências. Até 30 recebimentos mensais o modelo estático garante a gratuidade dos serviços.

Para empresas que recebem um volume significativo de transações, o código dinâmico é mais adequado por admitir mais dados.

Pensando nisso foi criado o Pix Cobrança. As instituições participantes podem oferecer soluções de cobrança com a tecnologia Pix.

O Pix Cobrança opera com QR Codes dinâmicos possibilitando a gestão e conciliação dos recebimentos.

Saques em estabelecimentos comerciais

Pix Saque e Pix Troco

Através do Pix é possível efetuar saques em estabelecimentos comerciais. A operação pode ser simples (Pix Saque) ou combinada à uma compra (Pix Troco).

O cliente pessoa natural (PF) pode realizar 8 (oito) saques gratuitos por mês.

Veja como funciona:

Pix Saque e Pix Troco

Os saques são limitados a R$ 500 (quinhentos reais) no período diurno e R$ 100 (cem reais) no período noturno (das 20:00hs às 06:00hs). O lojista pode reduzir esses limites, mas aumentar não.

Tanto o Pix Saque quanto o Pix Troco são operações que beneficiam clientes e estabelecimentos comerciais.

Os comerciantes são remunerados pelos serviços e reduzem o volume de numerário no estabelecimento. Dessa forma ficam menos atrativos ao crime.

Pelo lado do cliente, a oferta de meios de saques aumenta consideravelmente, gerando muito mais conforto na busca por locais para a realização de saques.

ASPECTOS GERAIS DA PLATAFORMA

Limites e tarifas

Limites de transações

Não há limites mínimos de valor para as transações. Qualquer operação a partir de R$ 0,01 (um centavo) é aceita.

Por outro lado, as instituições podem estabelecer limites máximos à seus clientes.

Esses limites devem ser definidos de forma a reduzir os riscos de fraude e identificar operações de financiamento de terrorismo e lavagem de dinheiro. Contudo, deve-se observar os limites estabelecidos pelo Banco Central conforme tabela abaixo:

Tabela de limites Máximos Pix

Devido ao aumento significativo dos crimes de sequestro relâmpago, o Bacen decidiu por implantar regras especiais para o período noturno.

Para o horário entre 20:00hs e 06:00hs o limite global de transações com o Pix é de R$ 1.000,00 (mil reais). Essa regra não vale para pessoas jurídicas.

Eventualmente o cliente pode:

  1. Solicitar a alteração desse limite; ou
  2. Cadastrar destinatários específicos com limites maiores.

Em ambos os casos acima, a instituição precisa aguardar entre 24 (vinte e quatro) e 48 (quarenta e oito) horas para efetivar a solicitação do cliente. Trata-se de uma questão de segurança.

Tarifas

Pessoas físicas são isentas de qualquer tarifa, exceto se:

  1. A transação for realizada presencialmente, quando a instituição disponibiliza meios eletrônicos; e
  2. Em recebimentos, quando caracterizado o exercício de atividade comercial regular.

A atividade comercial regular é caracteriza:

  • Nos recebimentos de transações, através de QR Codes dinâmicos.
  • Se mesmo utilizando o QR Code estático, os recebimentos excederam 30 operações mensais. A partir da 31a a isenção é desobrigada.
  • Na adoção do Pix Cobrança.

Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresários individuais recebem o mesmo tratamento dado às pessoas físicas.

Com relação as pessoas jurídicas (exceto MEI e empresário individuais), inexiste obrigatoriedade de isenção de tarifas.

As instituições podem cobrar por transações de recebimento e de pagamento. A definição do modelo de tarifação (fixa ou percentual da operação) cabe a cada provedor de serviço.

É vedado a cobrança de tarifas aos pagadores de Pix em operações similares a boletos de cobrança. Também é proibido tarifar recebedores de transferências.

Penalidades aos provedores do Pix

O Banco Central do Brasil é a autoridade responsável por fiscalizar e eventualmente punir os participantes autorizados a operarem na plataforma.

Infrações são passíveis de exclusão, suspensão e multas de acordo com as Resoluções BCB 30/20 e 31/20.

São três patamares bases de multas. A seguir relacionamos alguns exemplos de infrações e os respectivos patamares:

50.000,00 (Cinquenta mil reais)

  • Omitir tarifas, gratuidades e os eventuais benefícios em se optar pelo Pix.
  • Não cumprir as regras de resolução de disputas.
  • Limitar o valor das transações de forma não prevista no Regulamento do Pix.

R$ 100.00,00 (Cem mil reais)

  • Cobrar tarifas não autorizadas pelo Bacen.
  • Utilizar informações cadastrais com fins estranhos às atividades de transferências e pagamentos.
  • Aplicar tratamento discriminatório aos usuários.
  • Desrespeitar o limite de tempo das transações de pagamento ou acordos de nível de serviço.
  • Oferecer produtos Pix em desalinho com as regras e funcionalidades mínimas requeridas.
  • Negligenciar regras e processos na geração de QR Codes que coloquem em risco a segurança da transação.
  • Exceder o prazo de resolução contratual com participante contratante.
  • Descumprir regras de registro, exclusão, portabilidade e reivindicação de posse de Chaves Pix (incluindo prazos e consentimento dos clientes).

R$ 1.000.00,00 (um milhão de reais)

  • Utilizar recursos reconhecidamente frágeis na prevenção de fraudes de cadastro de usuários e de realização de transações.

Infrações cometidas via fraude, simulação e/ou que objetive ganhos indevidos terão as multas majoradas em 20%.

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Reclamações e disputas

Reclamação no Bacen

Dado o volume de transações diárias é normal a ocorrência de erros e falhas.

Em caso de problemas, o ideal é inicialmente buscar a resolução junto a instituição prestadora de serviços.

Cada instituição dispõe de canais próprios, verifique na sua operadora quais são os canais de atendimento disponíveis.

Se o seu problema não for resolvido, é possível abrir um processo de disputa no Banco Central.

Considerando essas possíveis ocorrências o Bacen desenvolveu o Manual de Resolução de Disputas.

Esse documento estabelece os prazos, processos e papéis de cada um dos envolvidos nas soluções de falhas do Pix.

De acordo com o Manual, o cliente tem 45 (quarenta e cinco) dias corridos da data do evento para registrar uma reclamação no Bacen. Caso as partes envolvidas tenham tentado resolver a disputa sem sucesso, esse período é deduzido desse prazo.

O reclamante deverá registrar o caso no Sistema de Registro de Demandas do Cidadão (RDR), anexando todos as evidências que suportem a sua reclamação.

A instituição reclamada terá 10 (dez) dias úteis contados do registro da reclamação para respondê-la conclusivamente.

A resposta deve ser enviada por meio eletrônico ou carta registrada de acordo com os dados informados pelo reclamante.

O reclamante receberá do Banco Central uma pesquisa de avaliação sobre o processo de disputa. Essas informações serão utilizadas para o Bacen divulgar estatística sobre as instituições participantes do Pix.

O consumidor pode ainda em última instância solicitar a resolução de disputa diretamente ao Bacen. O provedor de serviços será notificado. Após 15 (quinze) dias corridos se as partes não chegarem à um acordo, será instaurado um comitê de resolução de disputas. O comitê terá 40 (quarenta) dias corridos para comunicar sua decisão às partes.

O cliente deve solicitar a resolução via protocolo digital.

Meios alternativos de resolução

Caso a disputa não tenho sido satisfatoriamente resolvida, mesmo com a supervisão do Bacen, outras instâncias permanecem disponíveis.

A integração à plataforma Pix feita por instituição autorizada é uma relação de consumo como outra qualquer.

Outra forma extrajudicial de busca de solução é o portal consumidor.gov.br. Trata-se de um portal público vinculado ao ministério da Justiça que visa estimular relações consumeristas éticas e justas. Esse portal é monitorado pelos seguintes agentes:

  • Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) vinculado ao ministério da justiça;
  • Procons;
  • Defensorias; e
  • Ministérios Públicos.

É possível que a instituição a qual se deseja reclamar não seja cadastrada no site. A adesão ao projeto consumidor.gov é opcional. Porém, se a instituição for adepta ao projeto, recomenda-se o registro da reclamação. O índice de soluções das reclamações é de 80% (oitenta porcento).

Caso a instituição não seja adepta ao consumidor.gov, o site Reclame Aqui é uma alternativa interessante. Muitas empresas costumam resolver reclamações registradas no portal afim de proteger sua reputação.

Se mesmo assim, você não tiver êxito, busque auxílio no Procon.

Não tendo resultado no Procon o jeito é judicializar mesmo.

No caso de reclamação abaixo de 40 salários-mínimos a demanda pode ser feita no JEC – Juizado Especial Cível, conhecido como Tribunal de Pequenas Causas.

SEGURANÇA DAS TRANSAÇÕES

Segurança da plataforma

A plataforma Pix está hospedada em um ambiente de TI controlado, extra internet. O trânsito de dados é feito através de mensageria digital criptografada.

A criptografia é um recurso de segurança que impede que uma informação seja decodificada senão pelo destinatário legítimo da mensagem.

Ambiente Tecnológico PIX

Com relação aos dados das Chaves, esses ficam armazenados no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).

O DICT também opera com tecnologia de criptografia, impedindo por exemplo a varredura de informações pessoais armazenadas.

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A sua parte na segurança das transações

Temos aí dois componentes que atraem golpistas: Dinheiro e plataforma digitais.

Embora o Banco Central e as instituições autorizadas invistam pesado em segurança das suas plataformas, golpistas conseguem contornar esse aparato através de você. Isso mesmo, através de você.

Basicamente os golpes na internet ocorrem por falhas de segurança e encenação de situações para ludibriar as vítimas.

A seguir trataremos de simples cuidados que podem evitar golpes e fraudes.

Brechas de segurança

Considerando que o Pix foi desenvolvido principalmente para acesso via dispositivos móveis, o zelo pela segurança dos equipamentos e das contas de acesso são FUNDAMENTAIS. Golpistas invadem dispositivos e contas, conseguindo assim acesso à informações, senhas e aplicativos.

Ninguém está 100% seguro desse tipo de ataques. Porém alguns cuidados reduzem e muito a chance de invasões.

  1. Antivírus: É fundamental ter um antivírus. Esse recurso barra a maioria das ameaças e são constantemente atualizados frente as inovações dos criminosos.
  2. Mensagens suspeitas: Não abra e-mails ou mensagens de WhatsApp suspeitas. Clicar em links então, é terminantemente proibido.
  3. Senhas seguras: Tenha senhas extensas e fortes. Combine letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais. Não use senhas que possam ser facilmente relacionadas a você, como: data de nascimento, número de RG e etc.
  4. Diversificação de senhas: Não use uma mesma senha para tudo. Em sendo descoberta, o invasor(a) terá acesso a todas as suas contas.
  5. Logout sempre: Ao encerrar uma sessão em um ambiente acessível por senha, faça o logout. Por vezes, simplesmente fechar o navegador possibilita retomar a sessão sem a necessidade de login.
  6. Valorize a reputação: Ao comprar na internet verifique a procedência e reputação da loja.
  7. Sites confiáveis: Navegue somente em sites que apresentam o cadeado de segurança na barra de endereços.

Com esses cuidados, a chance de invasão de suas contas e dispositivos é significativamente reduzida.

Passando informação ao golpista

Muitos criminosos nem se dão ao trabalho de invadir nossos dispositivos. Eles(as) nos levam no papo. Não se engane, os golpes estão cada dia mais sofisticados.

Ao invés de tentar invadir seu equipamento ou conta, situações são simuladas para colher esses dados diretamente de você.

Para não ter problemas, duas dicas são muito importantes:

  1. Bancos NUNCA pedem senha em seus contatos.
  2. Se você recebeu uma ligação, é a pessoa que tem que informar seus dados, NUNCA o contrário. Não passe dados para alguém que te contata.

Creditando a conta do(a) estelionatário

Não é possível estornar um Pix. Uma vez feito ele não pode ser cancelado.

Portanto muito cuidado.

Existem golpes antigos na praça que ainda funcionam.

QR Code falso

Se você recebe uma fatura de um prestador de serviços conhecido, mas de uma forma incomum ou não solicitada: Cuidado!

Esse golpe era muito comum com contas de luz. A vítima recebia a fatura de uma forma que não habitual, por exemplo por e-mail quando sempre recebia pelos correios.

A imitação da fatura era perfeita só que o código de barra ou QR Code fraudados direcionavam o pagamento à conta da quadrilha.

Dois passos simples evitariam esse golpe: 1- Validar o nome do beneficiário do pagamento e 2- Suspeitar de uma fatura inesperada.

“Me manda o dinheiro que amanhã eu devolvo”

Não é raro golpistas acessarem indevidamente o WhatsApp de celulares roubados ou clonados e enviarem solicitações de dinheiro à lista de contatos do aparelho.

Solicitações do tipo: “Você pode me mandar R$ 400? Excedeu meu limite de transferência e preciso pagar uma conta hoje. Me manda o dinheiro que amanhã eu devolvo”.

Querendo ajudar um parente ou amigo podemos transferir e acabar caindo nesse golpe.

Nessa situação, ligue imediatamente para a pessoa. Confirme se a história é verdadeira. Não aceite comunicação por mensagens de texto, ouça a voz da pessoa.

Evitando dores de cabeça

Além dos cuidados de segurança, escolher uma instituição de reputação lhe trará muito menos riscos.

Pesquise os serviços ofertados, converse com seus conhecidos, busque recomendações. Problemas acontecem, então se o infortúnio lhe atingir, ser cliente de uma instituição que respeita o consumidor fará toda a diferença.

Consulte tanto no Reclame Aqui quanto no Bacen quais instituições são boas provedoras de serviços. O Pix é uma excelente ferramenta, basta tomar alguns cuidados para não cair em ciladas.

E por fim, e não menos importante: sempre, mas realmente SEMPRE, confira os dados das transações antes de concluí-las. Verifique valor, data, nome do beneficiário e aí sim autorize a operação.

DÚVIDAS FREQUENTES

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